Título original: Sarah's key
Autor: Tatiana de Rosnay
Editora: Suma de letras
Gênero: Romance
Páginas: 397
Sempre me pergunto como as pessoas conseguem
fingir que o passado não existiu, como elas conseguem renunciar à verdade e
preferem viver em uma cápsula onde tudo é perfeito. A jornalista Julia Jarmond,
uma americana que vive em Paris há 25 anos, não é uma dessas pessoas. Assim
como eu, e ao contrário dos franceses, que não se importam com o que aconteceu
no Vélodrome d’hiver, Julia não consegue esquecer-se das muitas famílias que
foram brutalmente arrancadas de suas casas e enviadas à morte.
Apesar de morar em Paris, ela escreve para uma
revista americana, e seu chefe pede para que Julia faça uma matéria sobre o
Vélodrome d’hiver, um estádio no centro de Paris, que concentrou milhares de
judeus para serem enviados às câmeras de gás de Auschwitz. Porém, encontrar as
informações necessárias não é algo fácil. Aparenta que os franceses se
esqueceram de seus anos negros, nos quais a polícia francesa invadiu as casas
dos judeus e levou, principalmente, mulheres e crianças.
Ao se aprofundar em suas pesquisas, Julia descobre
que a família de seu marido, os Tézac, que são franceses, possui um segredo
doloroso, um segredo que não querem que seja desenterrado, mas ela precisa
descobrir o que aconteceu com Sarah Starzynski, uma pequena garota judia que,
com a melhor das intenções, acabou por fazer sofrer muitas pessoas.
Zakhor, Al Tichkah.
(Em hebraico.
Tradução: Lembre-se. Nunca esqueça.)
Um livro pequeno, mas com uma grande história.
Esta é a minha definição para A Chave de
Sarah. A autora retrata um período do qual os franceses não se orgulham, do
qual eles não querem comentar e, infelizmente, do qual muitos ainda não sabem.
O Vélodrome já não existe mais, agora o espaço está ocupado por um órgão do
governo, que possui uma pequena placa para notificar o que já aconteceu ali,
algo tão pequeno que passa despercebido por quase todas as pessoas.
Do início até a metade do livro, a narração é
intercalada entre Julia e Sarah. Cada capítulo traz a história de uma das duas,
e o próximo, da outra. Inicialmente, elas não possuem uma conexão. Mas, à
medida que nos aproximamos da metade do livro, este elo está bem esclarecido.
Confesso que chorei no final, em uma parte que pode ser insignificante para
outros leitores, mas que, para mim, representou muito. A personagem de Julia
Jarmond é uma pessoa forte, mas insegura, porém, é um alguém que conseguiu
realizar o que queria, apesar das opiniões alheias.
Este é um livro fortemente recomendado. Não
aborda muito as atrocidades cometidas pelos alemães, afinal, neste livro, os
policiais franceses é quem foram os responsáveis. É uma história boa, que, na
medida do possível, pode ser considerada leve se comparada com as outras
encontradas sobre o mesmo assunto. Há um filme disponível também, que recebeu
boas críticas e assistirei em breve.
Oi Alana, tudo bem? Nunca havia ouvido falar desse livro, mas me pareceu ser uma leitura super interessante. Adoro histórias que retratam cenas fortes e emocionantes e esse parece ser bem assim. Beijos, Fê
ResponderExcluirNão conhecia o livro
ResponderExcluirMas parece ter uma linda historia
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com.br
Não conhecia o livro, mas parece ser muito bom. Quando olhei pra capa, achei que fosse alguma coisa relacionada a terror, não sei porque UHHUAHUAHUHUA. Ah, tô seguindo o blog.
ResponderExcluirUm beijo, Karine Braschi.
Geek de Batom.
Já conhecia esse livro mas a resenha que eu tinha lido não tinha me convencido, mas sua resenha foi totalmente sedutora. Entendo essa questão de muita gente evitar ler livros com temáticas polemicas, muitos são os motivos de cada um; eu até leio de tempos em tempos mas não sempre. Valeu pela dica e a capa dele é fantástica. Adoro vim aqui pq vc foge do lugar comum parabéns pelo bom gosto.
ResponderExcluirOlhando melhor pra capa, até pode parecer, ela passa um ar sombrio. O livro é bom sim, para quem gosta de coisas do gênero.
ResponderExcluirEu aceito, mas não consigo entender completamente, confesso. Gosto de assuntos fortes e polêmicos, só um ou outro que não encaro, pois posso vomitar de tanto nojo.
ResponderExcluirObrigada pelo elogio, Aline! É muito bom saber que sou um pouco diferente, hehe.
Ps.: Recebesse o meu e-mail?
Beijos.
Oi, é um livro que quero muito ler. Bom saber que vc recomenda.
ResponderExcluirBjs
Desde que você mostrou esse livro aqui no blog, fiquei com vontade de ler. Acredito que, apesar de ser leve comparado aos outros, é um livro com uma grande bagagem histórica e emocional. Deve ser uma leitura muito proveitosa.
ResponderExcluirBeijos,
http://pitadadecultura.blogspot.com.br
Nossa, eu tenho uma paixão gigante por livros que tratam da Segunda Guerra. Acho essas histórias muito ricas e que devem ser lembradas sempre. Não conhecia esse livro, mas ele entrou aqui na minha listinha sem sombra nenhuma de duvida.
ResponderExcluirbeijos
Kel
http://porumaboaleitura.blogspot.com.br
Oi flor, adorei a resenha. Esse é um dos livros que com certeza vai entrar para a minha - já enorme - meta de leitura!
ResponderExcluirAh, passa no meu blog que tem meme para você!
http://sonhando-com-livros.blogspot.com.br/2013/04/meme-literario.html
Abraços!
Essa livro estava na minha wishlist desde o ano passado, agora que li a resenha, fiquei com mais vontade! Vou procurar o filme pra assistir enquanto não leio o livro (:
ResponderExcluirxx
beafreebird.blogspot.com.br
Oi, Alana.
ResponderExcluirSegunda Guerra é um tema fascinante, mas não é o tema em si que me faz escolher ou não uma leitura. O que me atrai é uma abordagem profunda dos acontecimentos e dos sentimentos dos personagens. Não sei se é o caso, mas esse livro me parece interessante. Vou dar uma chance pra ele. Vai pra minha lista interminável rs.
Beijos. :**
Primeiro, uau!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro. Hoje é o dia de conhecer livros e ficar extremamente intrigada com eles. Apesar de ser um assunto que me deixaria pra baixo, fui fisgada pela forma como você o apresentou. Quero ler!
Beijos