Não sei se sou insensível, ou se foi o momento errado para ler este livro, mas não consegui encontrar nenhuma vantagem em ser invisível. No meio de uma multidão de “você precisa ler urgentemente este livro”, ´’é muito parecido com livros que você adora”, etc., só encontrei uma pessoa que concordou comigo até agora: esse livro é extremamente chato.
O livro é escrito em forma de cartas, todas enviadas por Charlie, nosso protagonista. Ele avisa que prefere se corresponder a escrever um diário, porém nunca há uma resposta do seu correspondente. Ele conta o seu cotidiano: como é o seu irmão, a sua irmã, os seus problemas, os livros que ele lê, os amigos que ele faz, e as burradas que ele comete.
Aliás, são muitas as tais das burradas. Charlie é, na verdade, um menino muito ingênuo para a sua idade, e parece que todos sabem isso, mas não querem admitir. Ele costuma somente observar as coisas acontecendo e vai aceitando tudo o que os seus “amigos” propõem, somente para ser considerado um bom amigo.
Durante a leitura inteira, que é muito rápida, inclusive, eu fiquei esperando que o autor nos dissesse que o protagonista tinha algum tipo de deficiência. Realmente, o final da trama é um pouco esclarecedor, mas ainda pairam muitas dúvidas no ar.
Enfim, não posso contar muito da história, pois não há uma história de Charlie, somente o relato de seu cotidiano, e como ele conhece seus melhores amigos, Sam e Patrick, por exemplo. Só quero deixar arquivado que não gostei deste livro, apesar de todas as recomendações e da ótima fama que o mesmo possui.