Título Original: And the mountains echoed
Tradutor: Claudio Carina
Páginas: 350
Editora: Globo Livros

Apesar de já fazer algum bom tempo que eu não escrevo para o blog, decidi comentar um pouco sobre como foi a minha leitura de O Silêncio das Montanhas. Primeiramente, acho interessante ressaltar que meu interesse em lê-lo surgiu porque eu já havia lido as outras obras do autor aqui lançadas, A cidade do sol e O caçador de pipas, sendo que estes livros me emocionaram bastante, fizeram-me refletir sobre como meus problemas são, na realidade, pequenos se comparados aos de outras pessoas e também me deixaram triste por causa da crueldade humana. Então, após a leitura destes livros, eu compraria qualquer livro do Khaled Hosseini sem ler nada sobre antes. Eu confiaria que seria uma boa aposta. E foi o que fiz.

Em O silêncio das montanhas, acompanhamos a história de dois irmãos, Pari e Abdullah, que, órfãos de mãe, foram separados ainda durante a infância, porque seu pai vendeu a menina para um casal rico de Cabul que não podia ter filhos. Para desenvolver esta história, Khaled Hosseini utilizou de um novo recurso que é cada capítulo ser narrado por uma diferente personagem, o que amplia a nossa perspectiva, visto que lemos os diferentes pontos de vista.

Apesar de, indiscutivelmente, este artifício ser interessante, acredito que neste livro em específico não funcionou muito bem. O livro é dividido em nove capítulos narrados por estas diferentes personagens, sendo que estas possuem um link entre si (não todas) e com a “história principal”. O problema é que a história de Pari e Abdullah não se destaca em relação às histórias paralelas, exceto por possuir um final bem determinado. 

Algo que me chateou um pouco é que me apeguei bastante ao narrador de um dos capítulos, que possuía uma relação muito distante com as protagonistas da história principal, ou seja, após aquele capítulo específico ele não apareceu mais e terminei a leitura com a expectativa não suprida de encontra-lo outra vez, ler um final para esta personagem.

Por causa dessa inovação, alguns leitores comentaram que preferiam que o livro fosse divulgado como um livro de contos, o que diminuiria a expectativa de encontrar um final único e abrangente, outros acharam a leitura cansativa, etc. Eu, particularmente, tive expectativa que o livro me atingisse de modo como os outros fizeram, o que não aconteceu, porém ainda assim gostei da leitura. Foi leve e boa e, para mim, nada cansativa. Evidentemente, Khaled Hosseini escreve muito bem. Porém, depois de O silêncio das montanhas, vou ler ao menos alguma coisa sobre antes de comprar algum livro dele novamente.


Ps.: Uma observação interessante é sobre o título. Originalmente é And the montains echoed, algo como E as montanhas ecoaram, o que eu não associaria imediatamente ao silêncio, como se este fosse importante no enredo. Enfim.


Título Original: Duma Key
Tradutor: Fabiano Morais
Páginas: 664
Editora: Objetiva

Há quem não goste das obras de Stephen King, assim como há quem diga que ele é um dos melhores escritores do gênero de horror. De fato, é um autor que se destaca e merece ser lido ao menos uma vez, para que cada um tire suas próprias conclusões. Duma Key é uma boa indicação, acredito. Lançado há pouco tempo, em 2008, é um livro bastante apreciado pelos fãs do autor, mas confesso que eu não o conhecia e peguei emprestado sem saber quase nada sobre.

O que intitula o livro, Duma Key, é o nome de uma ilha belíssima na Flórida, reservada e subdesenvolvida, escolhida por Edgar Freemantle para dar um novo rumo à sua vida. Edgar era um bem-sucedido empreiteiro civil, até que um acidente em um canteiro de obras arranca seu braço direito e embaralha seu cérebro. Ele poderia tentar retomar sua vida, mas, em um dos acessos de raiva que ocorrem durante a recuperação, Edgar ataca sua esposa, que acaba por pedir o divórcio.

Sem um braço e sem a pessoa com que passou casado por muito tempo, ele se vê triste e decidido a tirar sua própria vida. Porém seu psicólogo sugere algo diferente, que não machucaria sua ex-esposa e suas filhas: uma mudança de cenário. Além disso, recomenda que Edgar volte a desenhar –algo que o deixava muito feliz antigamente- para se proteger da solidão.

Na ilha, bem longe de Minnesota, aonde construiu sua vida ao lado da esposa e filhas, Edgar se acostuma ao silêncio, ao som das conchas batendo e a caminhar na praia, tentando construir uma nova rotina. Em suas caminhadas, ele consegue avançar cada vez mais pela praia, pois sua perna ainda dói devido ao acidente, e aos poucos, vai percebendo que há uma velhinha de cadeira de rodas e um homem que a auxilia, e que ambos são seus vizinhos.

Junto com esses novos hábitos, Edgar retorna a desenhar, conforme recomendação do psicólogo. Por sorte, seu braço que foi arrancado pelo guindaste era o direito, e Edgar é canhoto. Porém, ao pegar seus lápis e começar a tentar representar o pôr-do-sol de Duma Key, Edgar percebe que está desenhando muito bem, melhor do que recordava.  E, aos poucos, outras pessoas vão percebendo isso, como a sua filha Ilse, que o visita na ilha.

Mas seu talento repentino se releva ser algo de natureza sombria, algo que não deveria ter despertado e que coloca muitas pessoas, pessoas queridas, em perigo. Porém, é tarde para parar.
(...) Então, um dia se recordou do suficiente para pegar um lápis e fazer aquele primeiro traço hesitante no papel. Um horizonte, sem dúvida. Mas também uma fresta através da qual a escuridão poderia vazar.
Fazia tempo que eu não lia uma história que me prendesse tanto, e que fosse tão gostosa assim. Duma Key é bem diferente do outro livro que li do autor, Sob a Redoma, mas ambos trazem uma escrita espetacular e enredos envolventes. Porém, como já comentei nesta postagem,  muitas pessoas acham que os finais dos livros deste autor são ilógicos e não conseguem fechar de boa forma o que o livro traz por inúmeras páginas; isso aconteceu comigo ao ler Sob a redoma, achei o final um pouco broxante em relação ao resto do livro, mas em Duma Key, eu acabei gostando. É um sobrenatural mais aceitável, a meu ver.

Enfim, é um livro maravilhoso, considerado de terror, e que acabou por assustar muitas pessoas que o leram, mas não teve esse efeito em mim. Foi uma leitura gostosa e que eu faria novamente, pois este é um daqueles livros que a cada vez que você lê, começa a ter uma percepção diferente, aposto.

Eu o recomendo para todos os amantes do gênero e também para quem quer começar a ler Stephen King por um livro agradável. (Já tive experiências ruins com o autor, como em O Apanhador de Sonhos)


Olá pessoal, como estão?

Há pouco tempo, a editora Novo Conceito divulgou seus lançamentos referentes ao mês de Abril, no site Skoob. Foi uma boa surpresa pra mim, pois fiquei bem animada com alguns livros - até um que li em inglês, inclusive. Porém, os lançamentos de Março passaram meio despercebidos, visto que foram mais divulgados após os de Abril.

Aqui trago a lista dos lançamentos de Março, que também estão incríveis!

Clique no link do Skoob para ler a sinopse de cada volume: 
  1. Diga aos Lobos que Estou em Casa - Carol Rifka Brunt (Skoob)
  2. Quando Tudo Volta - John Corey Whaley (Skoob)
  3. A Filha do Louco - A Filha do Louco #01 - Megan Sheperhed (Skoob)
  4. O Começo de Tudo - Robyn Schneider (Skoob)
  5. Perto de Você - Os Sullivan #07 - Bella Andre (Skoob)
  6. O Retrato - Charlie Lovett (Skoob)
  7. Fênix: A Ilha - Fênix #01 - John Dixon (Skoob)
  8. Arrabal e a Noiva do Capitão - Marisa Ferrari (Skoob)
  9. As Gêmeas - Saskia Sarginson (Skoob)
E aí, gostaram?
Beijos.



Já fazia algum bom tempo que eu não começava a assistir a uma nova série, porém, como as que acompanho entraram em recesso, decidi assistir à adaptação de Sob a redoma, primeiro livro do Stephen King que li, e que gostei bastante. Sou acostumada a acompanhar outro tipo de seriado – sobre serial killers, mas acabei me divertindo com a primeira temporada de Under the dome. 

Chester’s Mill é uma pequena cidade do Maine que, em um dia qualquer, é separada do resto dos EUA por uma parede invisível e indestrutível, uma cúpula. Tentando entender a situação, o governo norte-americano faz experiências para destruir a cúpula, porém sem sucesso. Agora todos estão com as atenções voltadas para esta cidade pacata, que irá mostrar a verdadeira essência das pessoas que lá estão.


Big Jim (Dean Norris) é o vereador da cidade, e tenta controlar o pânico dos moradores durante a situação, porém acaba percebendo que a redoma talvez não seja algo tão ruim assim. Já Dale “Barbie” Barbara (Mike Vogel) estava tentando fugir de Chester’s Mill quando presenciou a aparição da redoma, e agora está preso em um local do qual precisa ficar bem longe para estar a salvo. Outra personagem importante é a nova jornalista da cidade, Julia Shumway (Rachelle Lefevre), que junto com o Barbie tenta achar uma maneira de fazer a cúpula desaparecer.

A primeira temporada consiste de 13 capítulos, com aproximadamente 42 minutos cada. Ao longo desses, presenciamos muitas cenas de ação e desespero, e muitas situações que se resolveram com mortes. É uma série bem viciante, assisti a primeira temporada em pouquíssimo tempo, porém achei que o seu final deixava muito a desejar. A segunda temporada precisa ser lançada logo para termos mais respostas.

A produção desta série vem sendo feita desde 2009, porém foi recusada várias vezes, visto que a história possui tempo para acabar. Eu explico melhor: quem assiste a séries com muitas temporadas, sabe que sempre aparecem novos personagens para que existam situações diferentes e a criatividade continue reinando, como em House, na qual as personagens principais estão sempre lá, porém as secundárias – a equipe do doutor, por exemplo – vão variando. Mas ninguém pode entrar na redoma, não há como aparecerem novos personagens em um local que não possui acesso ao mundo exterior, e nem pensemos em nascimentos, pois o hospital está decadente e sem médicos. Ou seja, há um prazo de validade, eles precisam ter muitas cartas na manga para continuar com a série por mais de 3 temporadas.

Em comparação ao livro, posso dizer que praticamente as únicas coisas que são iguais é o nome das personagens principais e a redoma. Até as relações entre elas são diferentes, e muitos acontecimentos foram mudados, muitos mesmo. Ao final da primeira temporada, encontramos algumas “respostas” (que nos geram ainda mais dúvidas), porém estas também são diferentes às do livro. Eu gostei muito das duas obras, claro que me senti um pouco incomodada com tamanha discrepância, mas o resultado final foi bem proveitoso. Muita gente se irritou com isso e chegou a considerar a série ruim, mas temos que ver o lado bom das coisas. Enfim, há comentários de que o autor do livro, Stephen King, escreverá um final diferente para o seriado.

As reflexões que a série traz são muitas, e são importantes, pois visam o nosso interior, a essência dos seres humanos. Não quero me alongar muito neste comentário, portanto deixo a dica para vocês assistirem. A segunda temporada foi confirmada para o dia 30 de junho nos EUA, e os produtores já alertaram que dois personagens queridos não vão sobreviver nem ao primeiro episódio, pois “ninguém está a salvo em Chester’s Mill”.
 País de Origem: EUA
Gênero: Ficção, Terror, Mistério, Thriller


Oi pessoal, como estão? Hoje venho comentar sobre a adaptação para as telonas do livro A menina que roubava livros, do Markus Zusak. Quem me conhece sabe que sou apaixonada por essa história, tanto por causa da narradora, da forma subjetiva do final, quanto pelo fato de ser o primeiro livro que li, aquele que me inseriu no mundo literário. Nunca consegui escrever uma resenha decente sobre o livro, demonstrar o quanto a leitura me foi maravilhosa, porém vou tentar descrever um pouco o que achei do filme, ao menos.

Liesel Meminger é uma menina simples, mas que, por alguma razão, conquistou os olhares da morte. Sim, a morte. Ela é a narradora da trajetória de Liesel, a menina que conseguiu escapar dela por muitas vezes, o que é difícil de se acontecer, principalmente quando você vive na Alemanha, durante a segunda guerra mundial.

Liesel é, desde o início, uma sobrevivente. Sua mãe, por ser perseguida pelo nazismo, envia Liesel e seu irmão para um casal de alemães que se dispuseram a adotá-los em troca de dinheiro, porém, durante a ida, o irmão de Liesel morre. Eles precisam fazer uma parada para enterrá-lo e, durante o enterro, o coveiro deixa cair um livro na neve, que logo chamou a atenção de Liesel, apesar que ela não sabia ler. Mesmo assim, ela pegou o livro, de forma a ter mais lembranças de sua família. Este foi o primeiro, mas não o último, roubo de livros.

Na nova casa, solitária, ela cria, aos poucos, um vínculo com a nova família, mas principalmente com o seu pai adotivo, Hans, e juntos eles descobrem o poder da leitura e das palavras, além de compartilharem segredos que nunca deverão ser descobertos. Ao mesmo tempo, ela cria amizade com um garoto da vizinha, Rudy, e logo eles estão aprontando e tentando se divertir neste momento difícil, do qual não entendem muita coisa, mas sabem que muita comida falta e muita gente desaparece.

É uma história simples, mas complexa, e a morte consegue narrar a vida de Liesel de uma forma encantadora e divertida, tirando um pouco da parte sombria deste período.  

Confesso que não tinha grandes expectativas quanto ao filme, visto que os leitores geralmente se decepcionam com as adaptações de seus livros prediletos, porém achei o filme interessante e ele não pecou nas partes principais. É claro que a Liesel estava bem mais arrumada do que eu esperava e que a Rosa não a chamava tanto de Saumensch, além de que algumas cenas que eu gostei do livro foram cortadas, como os episódios de roubos de comida deles, e sobre a dona da loja da esquina que adora o nazismo, mas, no geral, foi um bom filme. Ele me surpreendeu.


Eu não esperava que algum ator específico fosse convocado para o elenco, porém, não achei que a atriz Sophie Nélisse, que interpreta Liesel, e o ator Nico Liersch, que faz o papel de Rudy Steiner, combinaram. Rudy aparentou ser bem menor e mais infantil que Liesel. Porém, adorei a escolha de Geoffrey Rush para interpretar Hans, ele ficou excelente no personagem.

Uma coisa que não ficou nada parecida com o que eu imaginava foi a dona Morte. Sempre pensei que ela era uma mulher. Faz muito tempo que li o livro pela última vez, então me recordo se há fundamento para isso, porém fiquei bem surpresa quando, no filme, o narrador era masculino.

Enfim, acho que é uma adaptação válida de se assistir. Não foi apaixonante, mas é fiel e razoável.

Lançamento nacional dia 31/01/2014
Gênero: Drama, Guerra
Duração: 131 minutos
País de origem: EUA
Distribuição: 20th Century Fox
Direção: Brian Percival
Produção: Ken Blancato, Karen Rosenfelt
Elenco: Sophie Nélisse, Roger Allam, Heike Makatsch, Julian Lehmann, Gotthard Lange, Rainer Reiners, Kirsten Block, Geoffrey Rush, Emily Watson


Olá pessoal, como estão? Hoje trago um pouquinho da minha experiência com Duma Key, do Stephen King. Já li um livro dele e comecei vários, que acabei não me adaptando muito bem, porém gosto bastante do estilo do autor.

Primeira frase da página 100:
“Senti a raiva subir até a minha garganta como água quente.”

Do que se trata o livro?
O livro conta a história de Edgar Freemantle, que teve sua vida recentemente mudada após um acidente em um canteiro de obras, que arrancou seu braço direito e confundiu sua memória e mente. Visto que a raiva é sua parceira constante durante a recuperação, Edgar possui períodos violentos e em um desses, acaba por perder sua esposa, que pede o divórcio. Pensando constantemente em suicídio, ele se muda temporariamente para uma cidade pacata, Duma Key, afim de tentar retomar sua vida pelo bem de suas filhas e ex-esposa.

Porém, antes de sua partida, o psicólogo o aconselha a voltar a desenhar, algo que o fazia feliz antigamente, para que o mesmo consiga se proteger contra a solidão. Felizmente, Edgar é canhoto e consegue reaver o hábito, mas -em breve- ele desejaria nunca ter retomado. Aos poucos, ele descobre que seus desenhos possuem um poder muito maior que imagina, que desejaria nunca ter invocado.

O que está achando até agora?
Quem já leu Stephen King, sabe que o desenvolvimento das histórias é calmo e dura várias páginas. Então, ainda me considero no início da história e até agora muita coisa ainda não aconteceu, porém é uma leitura bem interessante e estou curiosíssima com a força que as pinturas possuem.

O que está achando da personagem principal?
Edgar é uma pessoa que sofreu bastante e já errou bastante também, mas, felizmente, está tentando se ajudar. Gosto bastante dele e entendo muitas de suas ações, porém acho que o mesmo não vai gostar do rumo da história.

Melhor quote até agora:
Arte é memória, Edgar. Não há maneira mais simples de explicar. Quanto mais clara a memória, melhor a arte. Mais pura ela é.
Vai continuar lendo?
Claro! Não é um livro que se leia rapidamente, porém é uma história que provavelmente vou gostar. Stephen King não escreve livros meia-boca para passar o tempo, é uma literatura um pouco mais complexa, digamos. Só espero gostar do final, visto que muita gente concorda que o meio de suas histórias geralmente é mais legal que o final, que muitas vezes é considerado estranho.

Última frase da página:
“Lentamente, bem lentamente, voltei de ré de onde Ilse havia parado, dizendo a mim mesmo: Vá com calma e É devagar e sempre que se ganha a corrida.”

E vocês, o que estão lendo?
Beijos!


Título Original: Six impossible things
Autor: Fiona Wood
Páginas: 272
Editora: Novo Conceito

Dan Cereill tinha uma vida fácil: com uma família rica e feliz, ele era um adolescente que não precisava se preocupar com coisas mais sérias do que os problemas escolares. Porém, seu mundo desmoronou quando seu pai faliu e decidiu assumir que era gay, se separando de sua mãe.

Por sorte, Dan e sua mãe conseguem um local para viver porque ela recebeu uma casa como herança. Se não pensar no lado ruim que é o fato de alguém ter morrido, Dan estava feliz demais por ter um teto sobre a cabeça. Mesmo que a casa cheirasse a xixi de cachorro e fosse velha, tombada pelo patrimônio histórico, não podendo ser reformada, era um local para recomeçarem a vida e tentarem suprir suas necessidades básicas.

Agora o adolescente que tinha a vida perfeita vai precisar entrar em um novo colégio, fazer novos amigos e tentar alegrar a sua mãe, para que a vida possa parecer um pouco normal. Por causa disso, ele cria uma lista de coisas para fazer como, por exemplo, beijar a sua nova vizinha Estelle, arrumar um emprego e tentar não ser um nerd completo na nova escola.

É um livro bonitinho, de escrita fácil e leitura rápida. Acompanhamos, através de uma narração em primeira pessoa, o cotidiano de Dan e sua adaptação à nova realidade que o cerca. No início, achei a narrativa um pouco parada e acabei ficando meio desanimada com a leitura, porém ela melhora bastante e o livro apresenta lições importantes de amizade, amor e dedicação.

A história é daquelas dignas de Sessão da tarde, sabe? Que é legal, boa de assistir, mas não é complexa ou surpreendente. Recomendo para quem gosta do estilo. 

Detalhes:




Título Original: The Gift
Segundo livro da série Bruxos e Bruxas
Autores: James Patterson e Ned Rust
Páginas: 288
Editora: Novo Conceito

O Dom é o segundo livro da série Bruxos e Bruxas, que foi um pouco decepcionante para muitas pessoas. Eu decidi continuar a leitura e não me arrependi! Conhecendo já o ritmo dos autores e as características do primeiro livro, consegui manter as expectativas em um nível mais adequado e me diverti com a leitura.

Acredito que os spoilers desta resenha não são significativos e não atrapalharão a leitura do primeiro volume, visto que a série é um apanhado de aventuras e acontecimentos com os irmãos Allgood, ou seja, sempre há uma nova situação.

Acusados de bruxaria, Wisty e Whit Allgood foram separados e presos, no primeiro livro, e, desde então, eles lutam contra o governo doentio e opressor que tomou conta da cidade e que acredita que todos os menores de idade são uma ameaça. Junto com outros adolescentes, eles organizam fugas de centros reformatórios e prisões. Porém, agora, O Único Que É O Único conseguiu capturar de vez Wisty, e a execução dela está sendo anunciado para todos.
Uma coisa é certa: assim como meu nome é Wisteria Rose Allgood, meu pensamento é um só: “Vou queimar tudo e todos ao meu redor. Queimar até acabar com tudo”.
O Dom continua trazendo a história de luta da Resistência contra a Nova Ordem, porém, desta vez, o livro se foca um pouco mais na magia dos irmãos Algood. Principalmente, a de Wisty, visto que O Único Que é O Único pretende tomar o dom dela para si, ou aniquilá-la para que a mesma não seja uma ameaça.

Achei que a história tomou um rumo bem legal, explorando a magia dos irmãos, porém é um pouco parada e previsível em alguns momentos. Após se acostumar com o estilo da série (capítulos curtos e intercalados com a narração dos irmãos), torna-se mais prazerosa a leitura.

Houve uma mudança nos autores do livro: enquanto Bruxos e Bruxas foi escrito em parceria com Gabrielle Charbonnet, O Dom possui como co-autor Ned Rust. Confesso que não notei diferença alguma na escrita, porém, é claro que o rumo da história pode ter sido outro por causa dessa substituição. Lembrei-me um pouco de Desaventuras em série, principalmente pelo narrador conversar com o leitor (coisa que adoro!). 

Enfim, eu recomendo a leitura para crianças, assim como o primeiro volume, e acho que será uma série razoável. 

Fotinhos da minha edição:
Kit cedido pela editora Novo Conceito

Série Bruxos e Bruxas
3. The Fire (com Jill Dembowski)
4. The Kiss (com Jill Dembowski)


Título Original: Witch & Wizard
Primeiro livro da série Bruxos e Bruxas
Autores: James Patterson e Gabrielle Charbonnet
Páginas: 288
Editora: Novo Conceito

Bruxos e Bruxas é uma série que está sendo escrita pelo autor James Patterson em parceria com outros autores. O primeiro livro, que resenho hoje, foi um banho de água fria para muitos leitores, principalmente para os parceiros da editora, pois a mesma divulgou bastante o livro e acabou que muita gente se decepcionou com a história. Enfim, vou explicar melhor para vocês.

Whit e Wisty Allgood são dois irmãos adolescentes que foram acusados pelo novo governo, a Nova Ordem, de serem bruxos. Assim como os seus pais. Eles foram arrancados de casa no meio de uma noite, sem avisos, e jogados em uma prisão para menores de 18 anos, pois todos os menores são naturalmente suspeitos de conspiração.

A Nova Ordem é um regime totalitário e opressor, tal qual muitos que já lemos sobre quando estudamos a história mundial. O chefão é O Único Que É O Único, e ele fará tudo o que é possível para transformar a vida de todos os jovens em um filme de terror. Agora Whit e Wisty precisam arranjar um jeito de salvar as suas vidas, e tentar mudar esta realidade.

Considero este livro como infanto-juvenil, portanto, a escrita é bem fácil e os capítulos são curtinhos (até demais, geralmente são duas folhas!). Além disso, os autores não aprofundaram as explicações sobre magia, deixando a bruxaria em segundo plano. Porém, achei a história bem divertida e engraçada. Os irmãos possuem umas tiradas ótimas!

Eu recomendaria a leitura deste primeiro volume para pessoas que ainda não estão tão acostumadas a ler, como crianças mesmo. Elas irão se divertir um monte, acredito. Porém, para pessoas mais experientes, que gostem de histórias complexas, Bruxos e Bruxas não é recomendado (só se for uma leiturinha rápida entre duas leituras densas, por exemplo). Mas vale a pena experimentar, né? Desde que se leia com a visão de uma criança de dez anos.

Fotinhos da minha edição:


Série Bruxos e Bruxas
1. Bruxos e Bruxas (com  Gabrielle Charbonnet)
2. O Dom (com Ned Rust)
3. The Fire (com Jill Dembowski)
4. The Kiss (com Jill Dembowski)


Título Original: A Game of Thrones
Primeiro livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo
Autor: George R. R. Martin
Páginas: 592
Editora: LeYa

A Guerra dos Tronos é o primeiro livro de As Crônicas de Gelo e Fogo, uma série que começou a fazer muito sucesso no Brasil nos últimos anos. Tanto os livros, quanto o seriado baseado nos mesmos. Muitas pessoas chegam, inclusive, a compará-la com um dos maiores clássicos da fantasia: O Senhor dos Anéis. Com uma fama tão boa, não pude resistir à uma promoção ótima na Black Friday e adquiri meus exemplares, começando logo a leitura do primeiro volume de uma das histórias de fantasia que prometem ser inesquecíveis.

Em uma terra aonde o verão dura muito tempo, e o inverno pode durar ainda mais, o reino de Robert Baratheon está prestes a passar por grandes provações. A Mão do Rei acaba de falecer e algumas pessoas importantes acreditam que foi obra da rainha, Cersei Lannister, uma mulher cruel e manipuladora. Sabendo disso, Eddard Stark, amigo de infância do rei, aceita a prestigiada posição de Mão do Rei, afim de descobrir mais sobre a morte do antigo dono do cargo e saber se seu velho amigo está correndo perigo. Porém, ao se mudar para a corte, Eddard percebe que não somente o rei, mas também ele e toda a sua família estão em apuros.

Não se pode escrever muita coisa sobre a história, sem contar algumas informações que são importantes para o decorrer da mesma. Tudo o que posso dizer é que são muitas as tragédias que acontecem em A Guerra dos Tronos, além de algumas personagens serem cruéis e ambiciosas a ponto de serem desumanas, a meu ver.

Cada capítulo é narrado por uma personagem diferente, mostrando o que está acontecendo com ela e com as pessoas ao seu redor. É uma maneira bem interessante de tentar deixar a história o mais completa o possível, porém atrapalha um pouco no início da leitura, fazendo com que demoremos um pouco para nos acostumarmos com o grande número de personagens importantes.

Fora isso, a história é bem estruturada e interessante. Existem aqueles que possuem medo de começar a ler As Crônicas de Gelo e Fogo porque é uma série conhecida também pelo tamanho dos livros. O terceiro então, é de arrepiar! Muito grande. Porém, ao menos do primeiro livro eu posso afirmar: ele é viciante. O ritmo da leitura é tão rápido que nem vemos as páginas passando e quando percebemos... Acabou.

Só não dei cinco estrelas para A Guerra dos Tronos justamente por ter acabado rápido. Vou me explicar melhor: eu gosto de séries, mas gosto que os livros não sejam tão “ligados”; gosto que cada livro tenha um final satisfatório e, ainda assim, possua um gancho para o próximo. Isso dá a liberdade de podermos ler um hoje e o outro só no mês que vem. Porém, isso não acontece em A Guerra dos Tronos. O autor criou um belo gancho para o próximo livro, A Fúria dos Reis, porém deixou o primeiro volume com um final pobrinho, a meu ver. Mas nada disso tira o fato de que é uma ótima história, é claro. Eu recomendo muito a leitura para quem gosta de fantasia, sangue e muita guerra.


Fotinhos da minha edição:



Série As Crônicas de Gelo e Fogo
1. A Guerra dos Tronos
2. A Fúria dos Reis
3. A Tormenta de Espadas
4. O Festim dos Corvos
5. A Dança dos Dragões
6. The Winds of Winter
7. A Dream of Spring