Título: O Casamento
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
Páginas: 224 páginas
Hoje, resenho um dos livros mais distintos que já li de Nicholas Sparks. O Casamento traz à tona a história de um casal que está junto há muito tempo, mas que esqueceu como agradar o parceiro. Nele, conhecemos a história de Wilson e Jane.

Wilson é um advogado, está com 56 anos, e compreende que destruiu seu casamento com o amor de sua vida. No seu aniversário de 29 anos de casamento, Wilson acaba voltando do trabalho, comendo um jantar delicioso preparado por sua esposa e... Indo trabalhar ainda mais no escritório. Quando vai dormir, percebe que Jane está chorando e descobre o motivo: ele tinha esquecido esta data tão especial.

A partir daí, ele começa a relembrar o passado e a se perguntar se foi um bom marido para Jane. O livro é narrado em primeira pessoa por Wilson e abrange todos os pensamentos dele, desde a lembrança de como eles se conheceram, passando pela infância dos filhos, e chegando ao que é hoje: um casal que está casado somente no papel.

Eles são bem diferentes entre si, Wilson é sério e racional, enquanto Jane é extrovertida e risonha, além de uma romântica incorrigível. Ela sempre gostou de grandes surpresas, porém este não é o perfil de Wilson, que demonstra seu amor de maneira bem mais simples, ás vezes, esquecendo-se de que é necessário demonstrá-lo de alguma forma.

É engraçado, mas já reparou que, quanto mais especiais são as coisas, menos atenção as pessoas parecem dedicar a elas? Parece que acham que elas nunca vão mudar.

Seus três filhos já saíram de casa para viverem as próprias vidas e o local que antes era considerado um lar, é agora silencioso e vazio. Então, decidido a refazer sua esposa se apaixonar por ele, Wilson pede ajuda a seu sogro, Noah, que foi protagonista de outro livro de Nicholas, o conhecidíssimo Diário de uma paixão.  Wilson quer preparar uma grande surpresa para Jane, para que ela o ame como antigamente e a vida dos dois seja melhor. Porém, algo ainda mais importante acontece: o casamento de sua filha mais velha, Anna, que vai acontecer no dia do aniversário de casamento deles.

Dentre os livros que li do autor, este é realmente o mais diferente. Aborda não uma história sobre um casal jovem, mas sobre um casal que está desgastado por causa do tempo. Por mais que duas pessoas se amem, a convivência durante muito tempo pode fazer grande parte do que era especial entre elas desaparecer. E é isto que o autor retrata: maneiras de conseguir salvar uma relação, de garantir que o amor ainda está vivo, de saber quando mudar de atitude. E é por causa disto que, em certos momentos, aparentou que eu estava lendo uma autoajuda, mas, felizmente, sem a parte que considero chata deste tipo de livro.

Acredito que um filme sobre O Casamento, seria antes de tudo, uma obra rica e linda. Eu preciso ver como é o casarão de Noah, onde ele e Allie criaram seus filhos. Infelizmente, não consegui imaginá-lo direito, mas tenho certeza que deve ser algo espetacular. A única parte que pode ser considerada ruim neste livro, para os amantes das histórias deste autor, é que não há um grande conflito como nos outros livros. Esta leitura é muito tranquila.

A trama deste livro é boa, leve e eu recomendo para pessoas que estão em um relacionamento, ainda mais se este for um relacionamento duradouro, pois poderá te ajudar a lembrar de que a chama inicial que uniu você ao seu amor pode não ser apagada.

Ps.: Apesar de, na capa, estar escrito que O casamento é a sequência de Diário de uma paixão, os livros podem ser lidos fora de ordem. 


Já faz algum tempo que não comento sobre os lançamentos da editora Novo Conceito por aqui, né? Pode parecer um pouco de puxa-saquismo, mas eu garanto que não é! A editora está se superando no quesito de lançamentos.

Quem acompanha o blog há algum tempo, já sabe que eu sou fã de livros com assuntos mais fortes, como, por exemplo, aqueles que tratam sobre guerras, questões raciais, estupro, etc. Imaginem a minha felicidade quando vi que uma das apostas da editora para este mês era justamente publicar a história real de uma mulher que viajou o mundo e acabou sendo mantida em cativeiro por 460 dias?


A CASA DO CÉU conta a história de Amanda Lindhout, uma garota que, quando criança ficava se imaginando em lugares exóticos e, trabalhando como garçonete e economizando dinheiro, conseguiu viajar pelo mundo. Ela conheceu a América Latina, a Índia, o Sudão, a Síria, etc. Também passou por países que foram assolados por guerras como o Afeganistão e o Iraque, aonde começou a sua carreira como repórter televisiva. Em 2008, viajou para a Somália e, no quarto dia, foi sequestrada por um grupo de homens mascarados. Mantida em cativeiro por 460 dias, ela nos conta a sua história, a busca pela compaixão em meio a uma adversidade inimaginável.

Interessante, não é? Confira também outros lançamentos!

Anjos à mesa – Debbie Macomber
Shirley, Goodness e Mercy sabem que o trabalho de um anjo é interminável - especialmente na véspera do Ano-novo. Ao lado de seu novo aprendiz, o anjo Will, elas se preparam para entrar em ação na festa de um de ano da Times Square.
Quando Will identifica dois solitários no meio da multidão, ele decide que a meia-noite será o momento perfeito para dar aquele empurrãozinho divino de que eles precisam para acabar com a solidão. Então, por "acidente", Lucie Ferrara e Aren Fairchild esbarram-se no meio da alegria da festa, mas, assim como se aproximam, acabam se perdendo: um encontro marcado que não acontece os afasta pelo resto da vida. Ou será que não?

O Presente – Cecelia Ahern
Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos... Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.

O Dom – Bruxos e Bruxas vol. 2 – James Patterson
Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos...
Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor...
Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas.
Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty... Ou para, finalmente, matá-la.

Quando uma garota entra em um bar... – Helena S. Paige
Então você se arrumou toda para uma noite de amigas, daquelas onde só as mulheres participam, mas suas amigas mudaram de planos sem avisar e, agora, você está sozinha em um bar superbacana, arrumada e perfumada, e sem saber bem para onde ir...
O que você faz? Aproveita que já está por ali, pede uma tequila e dá uma boa olhada no yuppie que está na mesa ao lado? Ou pede uma cerveja e vai pra perto do palco arrebatar o baterista? Pode ser que você prefira uma paquera com o rapaz de botas de bico fino e músculos trabalhados que está encostado à parede.
Ou, quem sabe, tomar um café com o bombeiro que está cuidando da segurança dos clientes e que, neste instante, está verificando o funcionamento do extintor...
E isso tudo só pra começar! A escolha é sua — e você tem um mundo de possibilidades nesta noite que parecia começar mal!

Quero ser seu (vol. 6 da série Os Sullivans) – Bella Andre
Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos — pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser...
O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso?

Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma... Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida).
Agora, depois de brincarem de namorados, será que os dois conseguirão manter a amizade de sempre?
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E aí, pessoal, gostaram das novidades? Quais são seus prediletos?

Beijos. 


Razão e Sensibilidade

AUSTEN, Jane. Razão e Sensibilidade. Martin Claret. 2012. 457p.

Este foi o primeiro livro que li de Jane Austen, uma notável escritora inglesa, que se destaca pelo olhar irônico com o qual retrata a sociedade da época. Além da curiosidade sobre os escritos de tal autora, fui influenciada a ler Razão e sensibilidade porque estava à procura de uma leitura mais rebuscada do que as atuais. Estou satisfeita com o resultado, apesar de, a priori, pensar que encontraria algo como em O morro dos ventos uivantes. A tradução de Roberto Leal Ferreira não é tão requintada, porém é devidamente boa.

Razão e Sensibilidade retrata a história da família Dashwood, atualmente composta pela mãe e suas três filhas: Elinor, Marianne e Margaret. Após a morte do Sr. Dashwood, elas tiveram que recorrer às suas economias para encontrarem um lugar confortável, porém mais modesto do que estavam acostumadas, para morar. Por obrigatoriedade, o herdeiro de Dashwood teve que ser John, filho de seu primeiro casamento, que, por sinal, prometeu ao pai cuidar de sua madrasta e meias-irmãs, ajudando-as sempre que necessário.

Porém, a Sra. John Dashwood, demonstrando muita persuasão e cobiça, conseguiu convencê-lo a descumprir a promessa feita ao pai. Sentindo-se intrusas em sua própria casa, a Sra. Dashwood e suas filhas passaram a procurar uma nova moradia para retomar a felicidade antes existente em seu lar. O livro é focado em Elinor e Marianne, as filhas mais velhas da Sra. Dashwood, e personagens totalmente antagônicas.

Austen transmite em seu livro a imagem de uma sociedade inglesa fútil, gananciosa e fofoqueira. Elinor, a irmã mais velha, é comandada por sua razão, portanto, mesmo que não goste de alguma pessoa, ela a trata da melhor forma possível. Porém, Marianne, influenciada por seus sentimentos, expressa livremente os seus pensamentos, o que, muitas vezes, deixa Elinor um pouco envergonhada perante seus amigos. Elinor sempre está tentando mudar o estilo de Marianne, porém estas tentativas não se mostram promissoras.

O tema central de Razão e Sensibilidade é a vida amorosa das duas irmãs, que reagem de forma totalmente diferente à paixão. Mesmo que haja várias regras específicas sobre o namoro, é notável em Marianne tudo o que sente por seu amado, por mais que ainda não haja um compromisso entre eles. Em Elinor, não há nenhum indício de tal amor, mas um autocontrole e decoro muito grandes. Porém, mesmo que sejam tão diferentes, ambas enfrentarão os mesmos problemas, pois vivem na mesma sociedade, na qual as pessoas estão dispostas a tudo para melhorarem seu status, seja por meio de um casamento arranjado, do amor ou de heranças. A crítica de Jane Austen sobre o seu tempo é declarada durante todo o livro, ás vezes, de modo subjetivo, mas em quase todos os diálogos, há uma ironia expressa sobre a sociedade inglesa da época.

Razão e Sensibilidade
Tive receio em comprar a edição que acabei adquirindo, pois ela estava embrulhada e era pocket, o que geralmente significa possuir letras pequenas, com folhas brancas e uma péssima diagramação. Porém, eu a recebi como presente e fiquei surpresa ao encontrar uma edição que, além de ser lindíssima por fora, é mais ainda por dentro. A parte interior da capa é dourada, as páginas são amareladas, e a diagramação ficou ótima. O início dos capítulos sempre é encontrado com uma fonte que, segundo comentários, é a própria caligrafia da autora. Ás vezes, ela está um pouco incompreensível, mas, com calma, é possível distinguir todas as palavras perfeitamente bem.

Neste ano, tornei como meta ler mais clássicos, visto que é um caminho seguro para encontrar boas leituras. Razão e Sensibilidade foi uma surpresa positiva, gostei de conhecer mais sobre uma época tão decorosa e diferente da atual. Ainda há características que são encontradas em nossa sociedade, porém, são justamente as que Jane critica. A leitura deste livro foi rápida, muito fluida, e o desenvolvimento do mesmo, satisfatório. Recomendo a leitura, e espero ler outras obras da autora e poder recomendá-las com tanto afinco quanto esta. É algo que realmente vale a pena.
Razão e Sensibilidade


Oi pessoal, como vai? Acho que estou devendo um pedido de desculpas pra vocês e algumas explicações!

Algumas pessoas já me procuraram nas redes sociais e perguntaram o porquê de eu ter sumido. Resposta? Como sempre, a faculdade. Desde o início desse ano, quando ingressei na UFSC, o ritmo de postagens do Acompanhada pelos livros acabou diminuindo, tanto por causa da falta de tempo para postar, quanto para a falta de tempo para ler. Afinal, sempre que tenho um tempinho livre em casa quero ficar estudando química, né?

Pois bem! Ainda continuo lendo, em um ritmo bem inferior ao que antes era acostumada, sendo que estou com pouco conteúdo para oferecer pra vocês. Queria só deixar claro que não vou desativar o blog, mas irei atualizá-lo somente quando tiver algo interessante mesmo.

Deixo aqui um pedido de desculpas por ter sumido e um aviso de que a promoção com o Leituras, vida e paixões ainda está ativa! Participem. =)

Beijos.